Por Carlos Moura Gomes
A mentira torna as pessoas inconfiáveis. Conviver com quem não fala a
verdade pode ser perigoso, porque quem mente é capaz de trair, até
mesmo, os entes mais próximos para alimentar vaidades e ambições. “O
diabo é o pai da mentira”. Assim definiu o apóstolo João no capítulo 8
versículo 44, mostrando a gravidade desse mal para a humanidade.
Recentemente, Luis Inácio Lula da Silva, em entrevista a jornalista
portugueses afirmou que os envolvidos, julgados, condenados e presos no
“Escândalo do Mensalão” não eram pessoas de sua convivência.
Paradoxalmente e visivelmente na contramão da verdade, duvidando da
imparcial decisão do Supremo Tribunal Federal, declarou não acreditar
que existiu “essa roubalheira”, essa “derrama de dinheiro público” que,
coincidentemente, aconteceu durante o período que ele, Lula, foi
presidente do Brasil.
Precisamos enxergar a distância entre o suportável e o insuportável,
caso contrário poderemos, mesmo que involuntariamente, correr o risco de
estamos sendo cúmplices com o crime. Jesus que era um implacável
defensor da verdade pregava também que jamais fôssemos omissos ou
insensíveis perante as injustiças e as mentiras. Então, assim como não
podemos ser tolerantes com quem destrói a natureza; com quem trafica
órgãos humanos; com quem alicia um jovem com drogas; também não podemos
tolerar a corrupção em qualquer nível, principalmente, quando parte de
grupos políticos que a população confiou para gerir os rumos do nosso
país.
O comodismo poderá ser prejudicial. Temos que interferir e participar em
todos os espaços disponíveis. Afinal a honra e a decência de um povo
não podem ser destruídas por ações criminosas de políticos corruptos,
mentirosos e irresponsáveis.
Uma nação se recupera da tristeza em perder uma copa do mundo; até de um
desastre provocado pela natureza; enfrenta e vence uma recessão
econômica, mas é muito difícil escapar de uma decadência de princípios
morais e desrespeito às Leis.
Fonte: Blog do Sertão
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