segunda-feira, 5 de maio de 2014

Suspeito confessa ter atirado privada que matou torcedor: 'arrependido'



Adelson José da Silva, advogado de Everton Felipe Santana, suspeito de ter atirado vaso sanitário que matou torcedor em estádio. (Foto: Débora Soares / G1)

O advogado Adelson José da Silva, que assumiu a defesa de Everton Felipe Santana, 23 anos, suspeito de envolvimento na morte do soldador Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, disse que seu cliente assumiu em depoimento à polícia ter atirado o vaso sanitário do alto da arquibancada do estádio do Arruda, no Recife, na sexta-feira (2). Everton prestou depoimento por três horas, na tarde desta segunda-feira (5), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Paulo morreu após ser atingido pelo vaso sanitário na saída do jogo entre Paraná e Santa Cruz, pela Série B do Brasileirão. Outros três torcedores ficaram feridos. Everton foi detido nesta segunda-feira pela Polícia Militar, que chegou até ele através de informações recebidas pelo Disque-Denúncia.
"Ele confessou a participação, mas não soube explicar o motivo. Ele disse que foi ao jogo com a intenção de assistir, mas deu vontade de fazer aquilo. Ele sabia do risco [de atingir alguém], mas não queria acertar ninguém. Ele já começou a colaborar com a polícia, confessando o crime. Está arrependido, com medo de retaliação, mas está disposto a pagar pelo que fez. Ele confessou o crime e demonstrou vergonha da família, vergonha dos amigos", disse o advogado.
O rapaz foi indiciado por homicídio qualificado, segundo o advogado. "Não sei qual a qualificação, deve ser motivo fútil. Ele vai passar a noite aqui e depois vai ser levado para o Cotel [centro de triagem]. Vou ver se consigo segurança para ele e vou tentar liberdade provisória ou relaxamento da prisão. Ele trabalha em uma escola, com carteira assinada, o que ajuda no pedido de liberdade provisória", comentou. Everton é auxiliar de serviços gerais.
Adelson José da Silva explicou ainda que Everton admitiu integrar uma torcida organizada, mas não informou qual. "Ele disse que agiu espontaneamente, com outros dois suspeitos. Um deles ele já conhecia e o outro, conheceu no dia mesmo. Disse que, depois que o vaso foi atirado, cada um foi para o seu lado e só souberam da morte pela imprensa", afirmou.
Fonte: G1

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