sexta-feira, 11 de abril de 2014

PCR eleva em R$ 18,7 milhões gastos com comissionados














JC Online.

Antes mesmo de sentar na cadeira de prefeito, Geraldo Julio (PSB) anunciou com pompa, em 2012, a extinção de 632 cargos comissionados, o que, segundo ele, provocaria uma economia de mais de R$ 1 milhão por ano aos cofres municipais. Entretanto, ontem (10), através de projeto de lei aprovado na Câmara do Recife, foram criados 150 cargos de confiança com remuneração que varia de R$ 7.959,38 a R$ 11.610,00, valores que “cobrem” a despesa até então poupada, uma vez que o impacto mensal passa a ser de R$ 1,4 milhão.

Ao ano, essa conta pula para mais de R$ 18,7 milhões, calculado com o 13º salário.

Aprovada por 24 votos a 2, a matéria, protocolada no último dia 31 de março em “regime de urgência”, só precisou de duas semanas para ser incluída na ordem do dia. A Comissão de Finanças aprovou o projeto no início da manhã, com apenas um único voto desfavorável, o da vereadora oposicionista Priscila Krause (DEM). À tarde, a democrata levantou a discussão.


“Não posso falar desse projeto sem lembrar de 2012. Naquele momento, questionamos a eficácia de uma mudança feita tão às pressas. Fizeram ouvidos moucos. Agora, o projeto está dizendo que aquela lei de 2012 não presta”, bradou. “Vim aqui discutir compromisso de campanha, político. Cadê a redução de pelo menos R$ 1 milhão?”, questionou a vereadora.

Escalado para defender o governo, Eurico Freire (PV) argumentou que a mudança foi para valorizar, com maiores salários, os técnicos da prefeitura. O presidente da Casa José Mariano, Vicente André Gomes (PSB), deixou a mesa nesse momento para também se posicionar a favor da mudança. Ele elogiou a defesa de Eurico, mas admitiu que o prefeito estava “corrigindo tecnicamente”. 

Priscila, por sua vez, chamou de “matemática de padaria” o argumento de que diminuíram em dez o número de cargos comissionados (de 160 para 150), uma vez que o impacto financeiro vai ser bem maior. Antes, os cargos de Apoio e Assessoramento 3, 4 e 5 previam salários de R$ 622 a R$ R$1.522,84. No mês, seriam R$ 184.314,02 gastos. A alteração aumenta em nove vezes essa quantia.

Apesar da discussão, o projeto foi aprovado sem grandes atropelos pela bancada governista, que ainda recebeu os votos de vereadores petistas, hoje na oposição.
Fonte:  Blog  do  Magno
 

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