Não
é só o projeto da Transposição que praticamente parou no Nordeste.
Considerada vital para impulsionar a economia do Nordeste, a ferrovia
Transnordestina também emperrou. Em Arcoverde, as obras do túnel da
ferrovia estão paradas desde setembro do ano passado.
No
Piauí, o projeto já consumiu R$ 1,075 bilhão e os trechos deveriam ter
sido entregues em 2010, segundo o contrato entre a concessionária
Transnordestina Logística S/A (TLSA) e a construtora Odebrecht.
O
valor investido no trecho piauiense corresponde a mais de dois terços
do total de R$ 1,456 bilhão previsto após um recente financiamento
complementar feito pelo governo federal. A data original de entrega da
ferrovia era dezembro de 2010. A obra está orçada atualmente em R$ 7,5
bilhões, valor R$ 3 bilhões mais caro do que sua previsão original.
O
prazo anterior de conclusão da obra, no último balanço do PAC 2, era
dezembro de 2015. A ferrovia ligará o sertão nordestino aos portos de
Suape (PE) e Pecém (CE). Segundo o Ministério dos Transportes foram
executados apenas 42% dos trabalhos de infraestrutura e 35% das obras de
arte especiais – pontes e viadutos – nos 420 km da linha entre as
cidades de Eliseu Martins (PI) e Trindade (PE).
O
orçamento total para a construção nos três Estados saltou de R$ 4,5
bilhões, em 2007, para R$ 7,5 bilhões, em 2013. A ferrovia começou a ser
construída em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao final
do mandato.
O
projeto prevê 2.304 km de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no
Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco. O atraso na conclusão da ferrovia
Transnordestina prejudica a expansão do agronegócio e da mineração no
Piauí, que vê nesse empreendimento a chance de potencializar o
transporte de cargas, escoando grãos e minérios até o mar a custos mais
baixos.
O
Estado já tem ferrovias que vão até os portos de Pecém (CE) e Itaqui
(MA), mas a Transnordestina ligaria as regiões de agronegócios e de
mineração ao porto de Suape (PE). No caso de Pernambuco, a obra está
muito mais atrasada no que no Piauí, mas Dilma continua mentindo,
vendendo a ideia de que o projeto está de vento em popa.
Fonte: Blog do Magno Martins
08/02/14
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