Capa do relatório anual sobre o câncer publicado pela OMS.
http://www.iarc.fr
O câncer vai continuar a se propagar no mundo,
particularmente em países em desenvolvimento, e poderá atingir 22
milhões de novos casos por ano até 2030, segundo um relatório mundial
publicado nesta segunda-feira (3). Em 2012, o número de novos casos de
câncer foi estimado em 14 milhões.
Apesar dos grandes progressos nos tratamentos da doença, o número de mortes
relacionadas ao câncer deve aumentar e passar de 8,2 milhões em 2012
para 13 milhões em 2030, segundo o documento. O relatório alerta, no
entanto, que mais da metade dos casos poderia ser evitado “se os
conhecimentos atuais fossem corretamente aplicados”.
"Os países com rendas média e baixa serão, sem dúvida alguma, os mais atingidos porque muitos deles ainda são mal equipados para enfrentar essa escalada do número de pacientes com câncer”, destacou Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), no texto de introdução do documento.
O relatório final foi elaborado pelo Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC/IARC), uma agência especializada da OMS baseada em Lyon, na França. O trabalho foi feito com a ajuda de 250 especialistas de 40 países.
Intitulado “ World Câncer Report 2014”, o documento faz uma revisão de todos os principais dados e informações disponíveis distribuídos em 600 páginas.
Em 2012, o câncer do pulmão encabeçou a lista de maior incidência da doença com 1,8 milhão de casos, o que representa 13% do total dos tipos de cânceres. Em segundo lugar aparece o câncer do seio com 1,7 milhão, o que representa 11,9% do total, e em terceiro, o câncer colorretal, com 1,4 milhão, ou seja, 9,7% dos casos.
O câncer do pulmão também é de longe o que mais mata com 1,6 milhão de mortes em 2012, o equivalente a 19,4% de todas as mortes provocadas pelo câncer. Em seguida, vem o câncer de fígado (800 mil pessoas) e o do estômago (700 mil mortes).
Os homens são mais atingidos do que as mulheres ao registrar 53% dos casos e 57% das mortes. O relatório mostrou ainda que mais de 60% dos casos e 70% das mortes são registrados na África, América Latina e Ásia. Essa tendência não deve se inverter nos próximos anos, indica o documento.
Orientações
“Diante do crescimento e envelhecimento da população, assim como o desenvolvimento de fatores de risco como o tabagismo, a situação deverá se agravar nas próximas décadas, criando um desafio imenso aos sistemas de saúde nos países de rendas baixa e média”, alerta o diretor do CIRC, Christopher WIld, na introdução do documento.
O relatório ressalta que aos tipos de cânceres tradicionalmente ligados às infecções (câncer do fígado, do estômago e do colo do útero), se juntam também os cânceres do pulmão, do seio e colorretal, associados à fatores de riscos como o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, a falta de exercícios ou consumo de produtos alimentícios industrializados mais utilizados nos país industrializados.
Diante dos desafios financeiros para enfrentar a doença, o relatório preconiza que os governos não se contentem apenas com novos tratamentos e que invistam em campanhas de prevenção em grande escala. Em 2010, o custo econômico anual relacionado ao câncer foi estimado dem 1 trilhão e 160 bilhões de dólares.
Entre as medidas sugeridas, o relatório menciona as campanhas de vacinação contra a hepatite B, mas também a de certos tipos de papilomavírus, que provoca o câncer do colo do útero.
O documento ainda cita medidas legais tomadas pelos países desenvolvidos como exemplos a serem seguidos pelos países pobres e em desenvolvimento para proteger suas populações da poluição e lutar contra o tabagismo e o alcoolismo.
Publicado: 03 de fevereiro de 2014
Fonte: RFI português
"Os países com rendas média e baixa serão, sem dúvida alguma, os mais atingidos porque muitos deles ainda são mal equipados para enfrentar essa escalada do número de pacientes com câncer”, destacou Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), no texto de introdução do documento.
O relatório final foi elaborado pelo Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC/IARC), uma agência especializada da OMS baseada em Lyon, na França. O trabalho foi feito com a ajuda de 250 especialistas de 40 países.
Intitulado “ World Câncer Report 2014”, o documento faz uma revisão de todos os principais dados e informações disponíveis distribuídos em 600 páginas.
Em 2012, o câncer do pulmão encabeçou a lista de maior incidência da doença com 1,8 milhão de casos, o que representa 13% do total dos tipos de cânceres. Em segundo lugar aparece o câncer do seio com 1,7 milhão, o que representa 11,9% do total, e em terceiro, o câncer colorretal, com 1,4 milhão, ou seja, 9,7% dos casos.
O câncer do pulmão também é de longe o que mais mata com 1,6 milhão de mortes em 2012, o equivalente a 19,4% de todas as mortes provocadas pelo câncer. Em seguida, vem o câncer de fígado (800 mil pessoas) e o do estômago (700 mil mortes).
Os homens são mais atingidos do que as mulheres ao registrar 53% dos casos e 57% das mortes. O relatório mostrou ainda que mais de 60% dos casos e 70% das mortes são registrados na África, América Latina e Ásia. Essa tendência não deve se inverter nos próximos anos, indica o documento.
Orientações
“Diante do crescimento e envelhecimento da população, assim como o desenvolvimento de fatores de risco como o tabagismo, a situação deverá se agravar nas próximas décadas, criando um desafio imenso aos sistemas de saúde nos países de rendas baixa e média”, alerta o diretor do CIRC, Christopher WIld, na introdução do documento.
O relatório ressalta que aos tipos de cânceres tradicionalmente ligados às infecções (câncer do fígado, do estômago e do colo do útero), se juntam também os cânceres do pulmão, do seio e colorretal, associados à fatores de riscos como o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, a falta de exercícios ou consumo de produtos alimentícios industrializados mais utilizados nos país industrializados.
Diante dos desafios financeiros para enfrentar a doença, o relatório preconiza que os governos não se contentem apenas com novos tratamentos e que invistam em campanhas de prevenção em grande escala. Em 2010, o custo econômico anual relacionado ao câncer foi estimado dem 1 trilhão e 160 bilhões de dólares.
Entre as medidas sugeridas, o relatório menciona as campanhas de vacinação contra a hepatite B, mas também a de certos tipos de papilomavírus, que provoca o câncer do colo do útero.
O documento ainda cita medidas legais tomadas pelos países desenvolvidos como exemplos a serem seguidos pelos países pobres e em desenvolvimento para proteger suas populações da poluição e lutar contra o tabagismo e o alcoolismo.
Publicado: 03 de fevereiro de 2014
Fonte: RFI português
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