segunda-feira, 3 de março de 2014

Conheça a origem do Carnaval e saiba se é certo ou não o cristão participar

A origem do Carnaval ainda é desconhecida. As primeiras referências a ele estão relacionadas a festas agrárias. Alguns atribuem seu surgimento aos cultos de agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela colheita, realizados na Grécia durante o século 7 a.C. A festividade incluía orgias sexuais e bebidas, e os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. 
As folias do Carnaval também estão ligadas às festas pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música. Eram conhecidas como “bacanais” (em homenagem a Baco, o deus do vinho e da orgia), “lupercais” (em homenagem ao deus obsceno Pã, também chamado de Luperco) e “saturnais” (em homenagem ao deus Saturno, que, segundo a mitologia grega, devorou seus próprios filhos). 
Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana começou a tentar conter os excessos do povo nessas festas pagãs e a condenar a libertinagem. Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela própria o­ oficializou o Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I marcou definitivamente a data do Carnaval no calendário eclesiástico. (continua...)
Esse momento de grandes festejos populares antecedia a Quaresma, período determinado pela Igreja Católica para que todos os anos os fi­éis se dedicassem, durante 40 dias, a assuntos espirituais, antes da Semana Santa. No período que ia da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa, o povo deveria entregar-se à austeridade e ao jejum, para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto consagrando-se. 

Como o povo enfrentaria um longo período de privações e abstinência, alguns “carnais” permitiram que o povo cometesse então algumas extravagâncias antes. Às vésperas da Quaresma, os cristãos fartavam-se de assados e frituras entre o domingo e a “terça-feira gorda”. O que deveria ser apenas uma festa religiosa acabou assimilando os antigos costumes de libertinagem e bebedeiras. 

Esses dias de “vale-tudo” que antecedem a Quaresma, em que as pessoas ­ ficam 40 dias sem comer carne, passaram a ser chamados de “adeus à carne”, que em italiano é “carne vale”, ou “carnevale”, resultando na palavra “carnaval”. 

A Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, simbolizava o momento em que as pessoas se revestiam de cinzas, evocando que do pó vieram e para o pó retornariam, e ingressavam no período em que a Igreja celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. 

Visto que até hoje essa festa da carne traz consequências físicas, morais e espirituais degradantes, estampadas nos noticiários da Quarta-feira de Cinzas, é aconselhável aos que não participam do Carnaval que continuem de fora; e, aos que participam ou pretendem participar, o conselho é 1 João 2.16: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. 
Fonte: Blog  TV Web  Sertão
Por:  Sérgio  Coelho
Postado: 03/03/2014 

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